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A ruína do escritório com conceito aberto

Publicado em: 28/12/2020
Você acredita no conceito de escritório aberto para gerar cooperação e trabalho em equipe? Ou seria mais um modismo passageiro? Leia o artigo e saiba mais.

Dicas para empreendedores - Escritório com conceito aberto

Anteriormente a 2020, uma tendência que veio tomando cada vez mais espaço nos locais de trabalho (principalmente nos EUA, especialmente nas áreas de tecnologia) foi o conceito de escritório aberto, onde todos os colaboradores tinham que trabalhar em único ambiente dividido em pequenas estações de trabalho. Às vezes, eles tinham que usar uma única mesa e as “divisórias” eram o espaço físico que cada profissional ocupava.

É um tanto estranho esse conceito ter sido tão difundido em um mundo onde a competição agressiva é vista com bons olhos. A explicação é de que quando os profissionais dividem o mesmo ambiente sem qualquer barreira, como portas e paredes, eles também retirarão as barreiras de suas mentes e trabalharão uns com os outros de modo mais unido. Se o conceito aberto e a competitividade são totalmente opostos um ao outro, então como seria possível coexistirem no mesmo ambiente?

Em casas, o conceito aberto funciona como um modo de unir a família, pois os ambientes que se interligam são a cozinha e a sala. Como infelizmente, na maioria dos casos, são as mulheres que ficam na cozinha enquanto o resto da família se diverte, paredes e portas tornam o convívio mais distante e quem fica na cozinha acaba perdendo toda a diversão. Além disso, esse conceito permite que as mães possam cozinhar e ficar de olho em seus filhos enquanto brincam. Mas, no quarto, por exemplo, ou no escritório doméstico, perceba que esses cômodos geralmente têm porta. O motivo? É que esses locais são um retiro para descansar a mente e/ou para concentração. É praticamente impossível ser produtivo com barulho ou qualquer coisa que desvie sua atenção.

No ambiente de trabalho, convivemos com pessoas de todos os tipos, falantes, quietas, atiradas, tímidas, observadoras... e todo empregador precisa analisar se está proporcionando um ambiente saudável e adequado para que todos se sintam bem. Quanto mais o colaborador se sente desmotivado, menor será a produtividade. Parece meio óbvio? Mas nem todos percebem o que está bem debaixo de seus narizes. Quanto mais a empresa detecta baixos níveis de produtividade, menos importante é o motivo de isso estar ocorrendo. Parece que um véu encobre os olhos dos responsáveis por administrá-la, a ponto de perderem a visão para o óbvio.

Você já analisou como é estressante trabalhar nas centrais de telemarketing? Todos confinados em um único ambiente, com alto grau de desconforto e, na maioria das vezes, estão lá apenas para ouvir problemas. Não tem corpo e mente que aguente tamanha pressão! Os altos índices de reclamações de atendimento começam por aí. Os atendentes mal conseguem se ouvir, que dirá ouvir o cliente. O barulho é insuportável e o cliente muitas vezes ouve o blá-blá-blá de todo o ambiente através do telefone, menos o que diz a pessoa que o está atendendo. Se nós que estamos do outro lado da linha já perdemos a paciência, imagine quem tem que passar pelo menos seis horas por dia nessa situação! O barulho torna as pessoas menos concentradas e mais propensas a sentirem raiva e outras emoções negativas. Isso contribui para o aumento de ofensas e confusões, porque energia negativa atrai energia negativa.

Pessoas mais sensíveis a distração e barulho, precisam de um ambiente à parte para colocarem suas ideias no lugar. Em algumas empresas, apesar de haver um ambiente em comum a ser dividido por todos, existe também algumas salas separadas que podem ser fechadas para que o colaborador possa usar quando o trabalho exige um grau maior de concentração. Isso contribui para aqueles que sentem dificuldade criativa com o vai e vem das pessoas. É provado cientificamente que ambientes comunitários contribuem para a diminuição criativa e de produtividade. Todos precisamos de uma pausa das outras pessoas para respirar.

Perda da individualidade e da liberdade


Um dos principais motivos do uso do conceito aberto é de que as pessoas devem trabalhar em equipe. O assustador é que estão literalmente destruindo a individualidade do ser, fazendo supostamente prevalecer o coletivo. Mas isso é totalmente falso. Se fosse verdade a afirmação de que o ser humano deve pensar de modo coletivo, então por que a sociedade vem criando cada vez mais indivíduos narcisistas e egoístas? A realidade é que não passa de mais um conceito que fica muito bonito no papel, mas que na prática não funciona. Na verdade, como os colaboradores precisam do trabalho, eles acabam “suportando” uns aos outros e não agindo em conjunto.

Algumas escolas americanas estavam trabalhando com este conceito aberto, dizendo que assim estão preparando os estudantes para a realidade profissional. Na realidade, estão tornando os jovens “reféns” de seus próprios grupos. Em alguns casos, os alunos são obrigados a entrarem em um consenso dentro do grupo antes de perguntarem qualquer coisa ao professor. Se houver uma dúvida individual, este estudante tem que ver se todos aceitam fazer a pergunta, do contrário ele deve guardá-la para si. Como um indivíduo pode se desenvolver numa situação assim???

Aprendemos todos os dias, em todas as situações que vivemos. Somos seres individuais com talentos que se complementam e cada um de nós tem necessidades específicas para se desenvolver. “Ser um com o Criador” significa que cada ser humano foi criado com um dom e um propósito; a união de todos esses dons e peculiaridades de cada ser é o que traz a evolução para o coletivo. Contudo, a perda da individualidade nos torna robotizados e isso pode resultar na escravização velada da humanidade, que não terá mais o direito de ter opiniões divergentes e terá que obedecer a um único padrão de pensamento.

Portanto, antes de colocar seus colaboradores em uma tremenda saia justa, reflita sobre o impacto que determinada decisão pode causar. Às vezes, seguir modismos e tendências pode ser bom, mas em alguns casos pode ser uma verdadeira catástrofe. Para se fazer um brainstorming (tempestade de ideias) pode ser útil unir a equipe toda. Mas no momento de criar o conceito de uma propaganda, por exemplo, pode ser um pesadelo. Para quem lida com números, então, isso é terrível. E o ambiente de atendimento ao cliente deve proporcionar o silêncio adequado, para que tanto o operador quanto o cliente possam se comunicar adequadamente.

É incrível como tudo o que é feito apenas com propósitos materialistas, sem o cálculo apropriado das consequências, pode ser usado, modificado e esquecido com a mesma rapidez. Agora a moda é o home office. De repente, o coletivo passou a ser ruim e tenho certeza de que essa ideia de escritório aberto perderá adeptos. Em empresas de tecnologia, marketing e centrais de atendimento pode ser que este conceito aberto ainda perdure, porque é mais barato colocar todo mundo dentro de uma caixa e querer que eles se adaptem da melhor maneira que puderem. O interessante a ser observado é que nenhuma das soluções (tanto tudo aberto, quanto tudo fechado) leva em consideração o bem-estar do ser humano. Alguém decide que é assim e todos seguem o “mestre”. Agora o desastre da vez será o home office, assunto que irei abordar em uma outra postagem.

Unir as pessoas em equipes é positivo, se feito da maneira correta. Quando se permite que o descontrole e a desorganização tomem conta, a situação pode ficar bem confusa e estressante. A individualidade do ser é o que move os grupos bem-sucedidos. Reprimir a individualidade faz com que a criatividade desapareça e, assim, a tão desejada vantagem competitiva morre. Do mesmo modo que gerentes, administradores e empresários desejam que suas ideias sejam colocadas em prática, eles também devem ser solidários e pensar no bem-estar daqueles que executam seus planos. Aprendendo a conectar ambiente e pessoas do modo certo, você estará a meio caminho do sucesso!


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Um abraço e até a próxima!




Sou Nathalie Gomes, Palestrante, Consultora, Coach Executiva, Comunicadora, Mentora, Empreendedora e Visionária. Minha maior riqueza é o conhecimento que acumulei ao longo da minha existência. Me formei em Administração e MBA Executivo em Coaching, possuo 20 anos de experiência em Empreendedorismo, Marketing, Vendas, Comunicação, Gestão de Negócios e MPEs (Micro e Pequenas Empresas). Sou especialista autodidata em psicologia comportamental, inteligência emocional/espiritual e assédio moral. Como posso ajudar no seu desenvolvimento pessoal e profissional? Entre em contato: comercial@acordeparavencer.com.br



*Foto do início do post: andy (ABSFreePic.com)

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